Balbinot

Queijos e doce de leite Balbinot: feito com as mãos e o coração

Luna, Nina, Fiona, Mia, Cacau, Filó e Mimosa, são algumas das estrelas de um time de excelência no campo. Vaquinhas que vivem livres no pasto, com complementação alimentar e cuidados permanentes de sanidade e bem-estar animal, é delas que provêm o leite utilizado na preparação dos queijos e do doce produzidos pela família Balbinot. “Cada bezerrinha recebe um nome não apenas para identificá-la, mas também para que tenhamos uma conexão de confiança com ela”, explica a queijeira Aline Balbinot.

Localizada na Linha Perondi, em Guaraciaba, no oeste de Santa Catarina, a queijaria artesanal atua em conformidade com as mais rigorosas exigências de boas práticas de fabricação. Possui o Selo Arte para toda a linha de queijos e também para o doce leite produzido na propriedade. Expedido pelo Ministério da Agricultura, a certificação assegura que o produtor adotou boas práticas agropecuárias e de fabricação, elaborando seu produto de forma artesanal, com receita e processos que possuem características tradicionais, regionais ou culturais.

A história dos Balbinot no setor de queijos e doce de leite teve início no século passado, com a matriarca Irma, que fazia queijo colonial para o consumo familiar. Num momento de dificuldades, após ficar viúva, e com o objetivo de melhorar a renda, dona Irma passou a fazer queijos para vender. Os produtos eram comercializados na cidade, de forma informal, pelo filho, Vanderlei. Com o passar dos anos e o sucesso nas vendas, a família resolveu formalizar a queijaria e transformou o negócio em sua principal fonte de receitas.

A partir de 2021, Aline, filha de Vanderlei e terceira geração de queijeiras da família, assumiu um papel de maior protagonismo na gestão do empreendimento. Formada em tecnologia de alimentos, ela logo percebeu que não bastava produzir com excelência, era preciso também gerir os negócios de maneira assertiva e com planejamento. Todos os processos, desde a criação dos animais, a fabricação e comercialização dos produtos estão sob responsabilidade dos Balbinot. “Queremos ser uma referência de qualidade na produção artesanal. Trabalhamos com amor e cuidado, respeitando os valores essenciais que nos foram repassados pela nonna Irma”, ressalta Aline.

Hoje responsável pela fábrica artesanal, ela conta com a ajuda do marido, Uilian, e apoio constante do pai, da mãe, Elizete, e dos irmãos Ariel e Alana. “O ano de 2021 foi crucial para a sobrevivência e expansão da queijaria, pois conseguimos obter o Selo Arte para todos os produtos Balbinot”, diz. Na visão de Aline, produzir com arte é um desafio que exige superar inúmeros obstáculos, “persistindo na produção artesanal e resistindo ao sistema industrial de grande escala, que quer nos engolir”.

Atualmente a vó Irma já não participa das atividades na queijaria, mas sua sabedoria e presença seguem sendo inspiração vital para a família. Como forma de homenageá-la, os Balbinot lançaram o Queijo Colonial da Nona Irma, maturado por 90 dias, sendo neste período virado na prateleira de descanso duas vezes ao dia. “Feito com leite cru, sal e coalho. Igualzinho como ela fazia na cozinha de casa, com as mãos e o coração”, lembra Aline. “Quando contamos que o queijo se chamaria Nona Irma, ela se emocionou. Sem seu exemplo e dedicação, provavelmente não teríamos hoje a queijaria. Produzimos tudo do jeito que ela nos ensinou”, conclui a neta, orgulhosa por manter o legado de sua família.

O Queijo Colonial da Nona Irma estará, em breve, disponível no Arte do Campo. Mas o consumidor já pode adquirir no www.artedocampo.com.br o Doce de Leite da Tia Bete, sem amido e sem conservantes, e que foi premiado com medalha de prata no 2º Concurso Mundial de Queijos e Produtos Lácteos, realizado em São Paulo, em setembro de 2022.