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Queijaria Marangon - A força da união familiar!
Diversificar para ampliar a renda e criar melhores perspectivas econômicas para os filhos. Essa foi a motivação que fez o casal Idemir e Angela Marangon ingressar na atividade queijeira. Na propriedade da família, na Linha Vista Alegre, em Saudade do Iguaçu, no Sudoeste do Paraná, o trabalho se divide entre a produção de queijos e leite, avicultura, além de grãos, principalmente soja e milho. "Nosso objetivo é ter opções de fontes de renda para que o Felipe e o Davi permaneçam na propriedade, sem ter que procurar trabalho na cidade", afirma Angela.
Hoje uma queijeira premiada, Angela aprendeu a fazer queijos com a mãe e a cunhada. Por muitos anos, a produção era apenas para o consumo da família. "Em 2015, comecei a fazer um pouco mais para vender e os resultados foram positivos. Decidimos investir numa estrutura adequada e formalizada e então fundamos a Queijaria Marangon. Em 2020 obtivemos o SIM (Serviço de Inspeção Municipal) e em 2023 conquistamos a chancela do Susaf/PR (Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte)", explica.
A nora de Angela, Litamara, esposa de Felipe, passou a ajudá-la na queijaria. Enquanto os homens atuam na preparação de silagem e cuidados com a alimentação e manejo dos animais, as mulheres se dedicam à ordenha, produção de queijos, atendimento e comercialização. "Não somos nada sozinhos. A união da família é a essência do nosso trabalho", afirma a queijeira.
O carro-chefe dos Marangon é o queijo colonial, que em 2019 conquistou a medalha de ouro no Prêmio Queijos Brasil, realizado em Florianópolis (SC). "Nossa meta principal é seguir produzindo queijos coloniais de alta qualidade, sem nos preocupar com a quantidade da produção", explica. Segundo Angela, foi feita uma opção consciente direcionada à produção artesanal de um queijo que está relacionado à história regional e ao legado familiar. "É feito com leite, sal, coalho e fermento lácteo, e leva também os ingredientes amor e dedicação. Não pretendemos ter uma grande escala produtiva, com a utilização de equipamentos industriais. Nosso objetivo é qualidade e foco total no produto artesanal, feito com as nossas próprias mãos", ressalta.
De acordo com Angela, todo o trabalho na queijaria é realizado pela família. "É uma luta constante, pois faça sol ou chuva, temos que estar presentes, vigilantes e zelosos com o rebanho, porque as vaquinhas não tiram férias. Também precisamos observar com rigor todas as exigências sanitárias e de boas práticas na agroindústria", relata. Com a chancela de qualidade do Susaf/PR e a parceria com a plataforma Arte do Campo, ela espera aumentar as vendas e o valor agregado de seus produtos. "Com nossa loja digital no site da Arte do Campo, pessoas que vivem em cidades distantes poderão conhecer nossa história, comprar nossos queijos e recebê-los em casa. É uma oportunidade de expansão para novos mercados e estamos muito felizes com essa nova perspectiva de negócios", conclui.